PISEAGRAMA é uma revista sobre espaços públicos: existentes, urgentes e imaginários. Semestral, a revista articula e reúne as artes, a política e a vida cotidiana, publicando boas histórias, ensaios críticos, jornalismo literário, proposições e práticas espaciais, para discutir nossas cidades, a maneira como vivemos e nos relacionamos.
Apesar dos centros urbanos estarem cada vez mais em pauta, não há, no país, nenhuma outra revista inteiramente dedicada aos espaços públicos e à vida compartilhada na cidade. “A reflexão sobre o espaço público costuma ficar restrita às ciências sociais, ao urbanismo e às reclamações cidadãs nos cadernos sobre cidades dos jornais locais, o que talvez diga algo sobre a falta de imaginação com que são produzidas e geridas as cidades no Brasil”, afirmam os editores em sua página no Catarse, mecanismo de financiamento colaborativo que vem tornando possíveis muitos projetos culturais pelo Brasil.
Nascida em 2011, PISEAGRAMA já circulou por todo o Brasil em versão impressa e online com apoio do Ministério da Cultura. Os números anteriores abordaram os temas Acesso, Progresso, Recreio, Vizinhança, Descarte e Cultivo. “Agora,” afirma Roberto Andrés, professor de arquitetura na UFMG e um dos editores da revista, “acreditamos estar preparados para dar um salto e continuar a revista em estreita relação com os leitores”.
A proposta é simples: o apoiador é mais que um simples apoiador. Ele se torna assinante, recebendo as duas próximas edições em casa com 20% de desconto. “Foi a maneira que encontramos não só para viabilizar a revista, mas também para consolidar uma rede de leitores que garantam nossa existência a médio prazo”, explica Fernanda Regaldo, também editora. Muito mais do que recursos, a campanha no Catarse gera o público necessário para que a publicação aconteça e possa seguir adiante.
Novo formato
As novas edições de PISEAGRAMA terão tiragem de 3.000 exemplares. A revista passará a ter o dobro de páginas e um design diferente. “Estamos procurando nos aproximar de um formato de dossiê. Um dossiê temático”, explica Roberto Andrés, referindo-se à possibilidade de publicar mais conteúdo e artigos e ensaios mais aprofundados. Os editores prometem também um novo site, totalmente reestruturado e com conteúdo online gratuito.
Eles garantem que PISEAGRAMA continuará, também, a realizar e promover ações em torno de questões de interesse público como debates, micro-experimentos urbanísticos, oficinas, loja itinerante e publicação de livros. A campanha de interesse público, lançada por PISEAGRAMA em 2012, é uma ação que vem mobilizando muita gente em torno de propostas para cidades melhores, estampadas em bolsas, camisetas, adesivos que também são recompensas no Catarse.
Colaboradores
A revista publicou artigos de colaboradores como o co-fundador da revista Wired Kevin Kelly, a jornalista e colunista da Folha de São Paulo Vanessa Barbara, o economista Ladislau Dowbor, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, o procurador da República Felício Pontes Jr. Artistas renomados como a espanhola Maider López, a suíça Ursula Biemann, e os brasileiros Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth e Detanico & Lain também marcam presença nas páginas de PISEAGRAMA, bem como os arquitetos Lacaton & Vassal e Santiago Cirugeda.
Exposições e reconhecimento internacional
Em 2013 a revista foi selecionada pela ARCHIZINES, uma rede internacional de publicações, para compor uma mostra de revistas na Bienal de Arquitetura de Veneza. A revista também foi incluída na seleção internacional de publicações independentes de arquitetura e urbanismo da revista holandesa VOLUME.
No mesmo ano, PISEAGRAMA foi convidada para realizar o livro-catálogo da exposição Escavar o Futuro, que aconteceu no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Em 2014, a revista foi convidada para integrar a exposição Cidade Gráfica, que acontece este mês no Itaú Cultural, em São Paulo.
Para mais informações sobre a revista, por favor, acesse a página oficial de PISEAGRAMA. Para contribuir com o projeto, acesse a campanha da revista no catarse.